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quinta-feira, 30 de abril de 2015

O mundo precisa de mais amor!!

Ando com medo das pessoas. Sei que é triste dizer isso, mas o que eu posso fazer? Sempre fui muito observadora e, o que eu tenho observado recentemente, me assusta mais do que me alegra. Parece que a cota de amar das pessoas está se acabando. Já não vejo compaixão nos olhos de quem passa. Muitos, mas muitos mesmo, esqueceram até o significado da palavra empatia. E o próximo, a quem nós deveríamos amar como a nós mesmos, acaba se tornando um incômodo, um entrave ao nosso direito capitalista ao individualismo.

Ando com muito medo das pessoas. Tenho visto que a vida já não vale nada. Se antes se matava por um tênis, hoje as pessoas morrem, como na idade média, só por expressarem uma opinião. A vida humana está banalizada, porque as pessoas estão se perdendo do humano em si mesmos. Ninguém se espanta mais com um homicídio, ou com massacres, ou com extermínios. A morte matada começa a fazer parte da normalidade. E só serve mesmo, para manchetes de jornais sensacionalistas.

Ando com muito medo das pessoas. Percebo que a capacidade de indignação está se esvaindo delas. E quando a gente não é capaz de se indignar, seja diante de uma injustiça, seja diante de uma agressão, seja diante de uma atrocidade qualquer é que essas coisas começam a acontecer com mais frequência. A incapacidade para indignar-se gera apatia. E a apatia é uma doença muito perigosa, que tira muitas vidas ao nosso redor.

Ando com muito medo das pessoas. Cada dia elas se entregam mais facilmente ao alívio imediato das drogas, seja por total impotência diante de seus problemas, seja pela ilusão da viagem alucinante. E, quanto mais se afundam em suas próprias fraquezas, mais enfraquecem todos os laços que existiam ao seu redor. Famílias são destruídas, amigos se afastam, carreiras desmoronam. Tenho visto a escuridão envolver pessoas que antes brilhavam como o sol, mas que não resistiram ao apelo do mundo e nele caíram.

Ando com muito medo das pessoas. Chego a estremecer quando percebo a comoção que causam programas como o Big Brother Brasil, o Pânico e outras mazelas que a televisão apresenta. Me assusto ao escutar as pessoas conversando sobre novelas e concordando que “sim, bem feito que fulana matou sicrano... tomara que a mocinha consiga sua vingança... ou ah, ele é ruim e não tem caráter, mas é um gato, eu ficaria com ele.” Me entristeço ao notar que a maioria das famílias permite que uma total ausência de valores invada seus lares diuturnamente em forma de programas televisivos, contaminando crianças e jovens com conceitos distorcidos de certo e errado.

Ando com muito medo das pessoas. Os corações estão tão endurecidos que já não cabe Deus lá dentro. E um mundo sem Deus, é um mundo sem amor. E um mundo sem amor, é um mundo muito perigoso. Sem Deus, não há consolo, não há esperança, não há nada a se perder. Sem Deus o homem volta ao estado de selvageria no qual vivia há alguns mil anos atrás. Sem Deus não há respeito, nem tolerância. Vejo as pessoas fazerem piada com a dor alheia. Vejo falsos profetas (sim, eles proliferam num mundo sem amor) manipulando quantos eles conseguem alcançar na direção do ódio e da intolerância. Vejo Jesus ser crucificado novamente, todos os dias, diante da nossa arrogância e rejeição.


Ando com muita dó das pessoas. Pois elas se afastam, a cada dia mais, do amor, da compaixão, da empatia que Cristo sofreu tanto pra nos ensinar. E são esses três sentimentos, juntos, que podem salvar o mundo. Se continuarmos do jeito que estamos, sinceramente, não sei onde iremos parar... O mundo está precisando de mais amor.

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