Translate

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Intensidade...

Eu sempre tive essa estranha mania de forjar paixões... Eu precisava estar apaixonada pra me sentir feliz, então catava qualquer possibilidade de montanha-russa emocional e aceitava como possibilidade de amor verdadeiro...

Ah, e como eu trabalhava pra transformar a fraude em algo real... Me lembro de certas vezes que criei verdadeiros personagens para vestir o outro, sem nem saber se ele queria participar de meu devaneio. Nessa brincadeira, transformei sapos, dragões e outros bichos crequelentos em verdadeiros príncipes encantados. Sempre tive essa verve artística... rsrsrsrs... Nem sei porque não me dediquei ao teatro, teria me dado bem...

O fato é que construía histórias e personagens tão bem alinhavados que as pessoas, por um bom tempo, acreditavam no enredo... Quando eu cansava de sustentar o castelo nos meus ombros, largava tudo de vez e deixava o conto de fadas ruir... O pobre do príncipe voltava a ser sapo e, no mais das vezes, saía magoado com isso... Ah, claro que eu também me magoava... Acho que ninguém sofria mais nessa brincadeira do que eu mesma... Pois quando me lançava na fantasia criada, me lançava de verdade, intensamente, acreditando muito mais na ilusão do que qualquer outro envolvido... No entanto, embora a novela fosse muito bem escrita, o retorno era um vazio imenso, uma frustração avassaladora... E eu sofria com a mesma intensidade com que havia vivido aquele amor forjado...

E nessa montanha-russa amorosa, eu me enrolei por longos anos de minha vida, sem conseguir entender por que cargas d'água minhas relações nunca davam certo!!!

Ah, mas a racionalização do problema não veio assim tão facilmente não... Primeiro eu cansei de escrever novelas mentais... Era exaustivo demais convencer o outro a entrar na minha fantasia... e frustrante demais, cair na real meses depois e aceitar que nunca havia sido verdadeiro... Por pura preguiça, deixei pra lá... Saí da montanha-russa e me lancei no tobogã... Minhas relações, se assim as posso chamar, duravam o tempo exato e causavam as mesmas sensações da descida relâmpago no escorrego gigante!!! E lá se foram anos de tobogã...

Foi quando, num cursilho de cristandade, tive um dos mais fantásticos encontros comigo mesma e com Deus... A partir daí, uma série de transformações profundas começaram a acontecer na minha vida... em todos os setores dela... E, finalmente, eu entendi... Tava faltando calma... Tava faltando esse prazer apaziguante de estar comigo mesma... de me sentir inteira... Tava faltando EU!!! Tava faltando Deus!!!

E foi assim que, me encontrando, pude olhar pra ele - o candidato à próxima fantasia - e perceber que, apesar de todas as possibilidades, meu coração não dispara quando ele se aproxima, nem meu estômago se enche de borboletas, como eu costumava fingir... e a saudade que eu gostaria de sentir se esvanece à primeira distração... Um dos raros momentos em minha vida, em que cérebro e coração concordam: NÃO É ELE!! E o melhor a fazer é seguir adiante, de mãos dadas comigo mesma e com Deus. porque sentimentos rasos e forjados não preenchem a vida de ninguém!!!

Eu agora só quero se for de verdade!!!!

Um comentário:

Micha Descontrolada disse...

Que lindo!!!! Verdade, tb só quero o q me faz bem. e vamos ser felizes!!!

vc vai adorar o chile, é um pais encantador. Dei uma pausa nos posts agora pro carnaval, mas depois vou retomar com os passeios dia a dia no chile, q vão até março, já estão programados, mas vão ao ar de 3 em 3 dias, pq ando sem tempo, aí já deixo programado e as pessoas tb vão ter tempo de ler.

Beijossssssss
┌──»ʍi૮ђα ツ